
Sónia Talhé Azambuja nasceu em Lisboa, em 1974. É arquiteta paisagista, historiadora da arte e professora universitária, com 25 anos de experiência em projeto de arquitetura paisagista (jardins públicos e particulares), na investigação e ensino de arquitetura paisagista a nível de licenciatura, de mestrado e de doutoramento. Já orientou mais de 35 mestrados em arquitetura paisagista, tendo três deles sido finalistas do prestigiado Prémio Archiprix Portugal (2020, 2019 e 2017). Em julho de 2020 a dissertação de Mestrado em Arquitetura Paisagista da FCT/UAlg sobre Jardins Históricos de Faro, da autoria de Filipa Rabaça, sob sua orientação, obteve o prémio de Menção Especial na 8.ª edição do Prémio Archiprix Portugal 2020 – Prémio Nacional para o Ensino de Arquitetura, Arquitetura Paisagista e Urbanismo. Em 2024 recebeu dois Prémios do Archiprix pelo ISA/ULisboa (Menção Especial e Menção Honrosa). O prémio Archiprix reconhece a excelência do ensino e premeia o aluno, o seu orientador e a instituição de ensino. Neste momento orienta duas teses de Doutoramento em Arquitetura Paisagista (ISA/ULisboa) e Arquitetura (FAUL).
Em 2025, foi eleita Académica Correspondente Nacional da Academia Nacional de Belas-Artes.
Integra os Órgãos Sociais da Associação Portuguesa dos Arquitetos Paisagistas (APAP), sócia n.º 478, a associação profissional que representa a profissão de arquiteto paisagista em Portugal.
Atualmente é Professora Auxiliar de Arquitetura Paisagista da FCT/Universidade do Algarve (2025-…). Foi Professora Auxiliar Convidada de Arquitetura Paisagista da FCT/Universidade do Algarve (2003-2025) e do ISA/Universidade de Lisboa (2008-2025). É Professora do Programa Doutoral em Arquitetura Paisagista e Ecologia Urbana-LINK do ISA/ULisboa, FC/UPorto e UCoimbra. Desde 2003 que tem orientado trabalhos de licenciatura e de mestrado na UAlg no âmbito do projeto de recuperação do património paisagístico do Algarve (Faro: Jardins do Palácio de Estoi, Jardim do Claustro e Antiga Cerca do Convento de N.ª Senhora da Assunção, Jardim da Alameda, Jardim Manuel Bivar; Loulé: Claustro e Antiga Cerca do Convento de Santo António; Tavira: Jardim do Coreto, etc.).
Como Presidente da Associação de Amigos do Jardim Botânico da Ajuda (AAJBA) assume desde 2010 a coordenação técnica e científica das obras de conservação/restauro do Jardim Botânico da Ajuda (fundado em 1768), financiadas pela AAJBA em mais de 250 000 €. Na AAJBA é ainda Coordenadora dos Cursos de Jardinagem e das Viagens Culturais. Tem integrado a equipa de diversos projetos de investigação nacionais e internacionais sobre património paisagístico, arquitetura paisagista e espaços vacantes urbanos com financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e da Comissão Europeia.
É reconhecida pelos seus pares como especialista, sendo convidada a apresentar palestras na Academia das Ciências de Lisboa, Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, Universidade do Algarve, Universidade do Minho, ISCTE-IUL, Universidade Aberta, Associação Portuguesa de Jardins Históricos, Museu Nacional de Arte Antiga, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, Fundação Eugénio de Almeida, Sociedade Nacional de Belas Artes, Sociedade Histórica da Independência de Portugal, e diversos Municípios (Lisboa, Faro, Óbidos, Cascais, Oeiras, etc.) e na Foundation Fürst-Pückler-Park Bad Muskau (Alemanha).
Foi também membro especialista eleito, entre 2009 e 2019, do comité internacional ICOMOS-IFLA International Scientific Committee on Cultural Landscapes (órgão consultivo internacional da UNESCO para a classificação de jardins históricos e paisagens culturais a Património Mundial).
Recebeu o Galardão de Lisboa Capital Verde Europeia 2020 atribuído pela Câmara Municipal de Lisboa.
Curadora da Exposição 80 Anos de Ensino de Arquitetura Paisagista em Portugal (1942-2022): Arte e Ecologia.
Possui um Doutoramento em História, na especialidade de Arte, Património e Restauro (2015, FL/ULisboa), com a classificação de Aprovada com Distinção e Louvor, um Mestrado em Arte, Património e Restauro (2006, FL/ULisboa), e uma licenciatura em Arquitetura Paisagista (2000, ISA/UTL). Apresenta regularmente a sua investigação e projetos em algumas das melhores conferências europeias de Arquitetura Paisagista. Tem publicado livros, capítulos de livros e artigos tanto a nível nacional, como internacional. É autora do livro A Linguagem Simbólica da Natureza. A Flora e a Fauna na Pintura Seiscentista Portuguesa (1.ª ed. 2009 pela Nova Vega e 2.ª ed. 2017 pela Scribe), que se tornou obra de referência sobre o significado das plantas e dos animais na arte em Portugal. Em 2021 foi publicado o livro com o título Plantas, Animais e Paisagem. Da Iconografia à Iconologia na Pintura dos Séculos XV e XVI em Portugal, edição conjunta Scribe, ARTIS-IHA/FL/ULisboa e CML, no âmbito das publicações de Lisboa Capital Verde Europeia, edição da sua tese de Doutoramento.