“A interpretação da componente simbólica do Jardim, desde sempre associada ao “Paraíso Perdido”, e as plantas e animais que o habitam, permitem o entendimento da dimensão do jardim enquanto expressão cultural extremamente rica e inspiradora das obras de arte. O Jardim do Éden surge assim como síntese da natureza em que se faz arte com a natureza e se faz natureza com arte, como expressão máxima da harmonia entre o homem e a natureza. Os jardins revelam-se como lugares utópicos e paradigmas estéticos, com as plantas e animais a surgirem como veículos privilegiados na transmissão de mensagens moralizantes e evangelizadoras.”
In AZAMBUJA, Sónia Talhé – A Linguagem Simbólica da Natureza. A Flora e Fauna na Pintura Seiscentista Portuguesa. Lisboa: Nova Vega, 2009, p. 370.
Tapada das Necessidades, Lisboa. © Sónia Talhé Azambuja.
Colóquio Jardim de Artistas I Colloque Jardins d'Artistes
Giverny é um jardim desenhado, plantado e construído por Claude Monet, junto da sua casa e criado de forma a permitir que em qualquer momento do dia o pintor pudesse ver e pintar a luz sobre o lago, os reflexos das nuvens na água, a ponte, os nenúfares, a paisagem «capturada» que mais tarde se torna arte na sua tela. Ele também escreveu «A minha maior obra de arte é o meu jardim».
JARDINS DE ARTISTAS é o tema do colóquio que se prepara para 19 de maio de 2016 no Palácio Fronteira por iniciativa do Curso de Mestrado em Arquitetura Paisagista do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, sendo organizado pela Associação dos Amigos do Jardim Botânico da Ajuda (AAJBA) e pela Fundação das Casas de Fronteira e Alorna (FCFA), com o apoio da Embaixada de França em Portugal e dos Amigos da Fundação das Casas de Fronteira e Alorna (AFCFA).